Hepatite B: tem cura?

Frasco com amostra de sangue com hepatite B

Cura da hepatite B é possível em casos agudos da patologia, mas no diagnóstico crônico conduta médica visa minimizar as chances de complicações. Saiba mais a seguir!

Uma dúvida comum entre os pacientes é se há cura da hepatite B. De fato, cerca de 95% dos casos entram em remissão após seis meses da infecção, mas cerca de 5% dos pacientes desenvolvem a forma crônica da patologia.

A hepatite B consiste em uma doença causada pelo vírus VHB B que acomete as células do fígado chamadas de hepatócitos. Além disso, a resposta do sistema imunológico também pode comprometer a integridade dessas células e resultar em um processo inflamatório crônico.

Após a infecção, a incubação do vírus pode variar entre um e quatro meses. As formas de acometimento do fígado pelo vírus B são classificadas em aguda, crônica ou fulminante.

A seguir entenda mais sobre a patologia, incluindo informações sobre a cura da hepatite B, formas de prevenção e sintomas.

Quais os sintomas da hepatite B?

Muitas vezes, a hepatite B é assintomática, de forma que os pacientes não sabem que têm a patologia, o que pode retardar o diagnóstico por anos. No entanto, também é possível desenvolver a forma sintomática da patologia, que inclui ocorrências sintomas como:

  • náuseas;
  • vômitos;
  • icterícia;
  • perda de apetite;
  • dores abdominais;
  • mal-estar;
  • febre;
  • fadiga;
  • urina escura e fezes esbranquiçada.

Pacientes com hepatite B também são suscetíveis a apresentar hepatite D e a infecção prévia ou concomitante ao vírus B para se instalar no organismo.

Quais as formas de transmissão da hepatite B?

O vírus VHB B, responsável pela transmissão da hepatite B, pode ser encontrado no sangue, saliva, sêmen e secreções vaginais do paciente infectado.

Dessa forma, uma das formas de transmissão da hepatite B é por meio da via perinatal, passando da mãe para o feto durante a gravidez, parto ou no pós-parto.

Também são formas de transmissão da doença o contato do vírus com ferimentos na pele e mucosas, compartilhamento de seringas e transfusões de sangue.

A hepatite B também é classificada como uma infecção  doença sexualmente transmissível (IST) (DST), pois o vírus está presente nas secreções sexuais. Dessa forma, o uso do preservativo durante as relações é uma importante forma de prevenção da doença.

Prevenção e cura hepatite B: quais as opções?

A principal forma de prevenção da hepatite B é por meio da vacinação ainda na infância. No recém-nascido prematuros ou de baixo peso são quatro doses da vacina: logo ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses. Nos recém – nascidos saudáveis, crianças e adultos a etapa vacinal é dividida em três doses.

O reforço vacinal na vida adulta pode ser necessário em pacientes imunossuprimidos e gestantes.

Além da vacina, que é a principal forma de prevenção da hepatite B, o paciente que tiver exposição ao vírus pode entrar em contato com unidade de saúde em até 72 horas para receber a vacina e injeção de imunoglobulina, o que pode evitar o desenvolvimento da patologia.

A cura da hepatite B ocorre na maior parte dos casos devido à resposta imunológica do organismo. Na fase aguda da doença o uso de remédios ajuda a controlar os sintomas, mas não há um protocolo de cura da hepatite B por via medicamentosa.

Após seis meses da infecção o paciente pode ser submetido a exames de sangue que comprovam a cura da hepatite B.

Se após seis meses não há remissão, é diagnosticada a hepatite B crônica, na qual o paciente fica mais suscetível a complicações do fígado, como cirrose e câncer. Muitos pacientes não apresentam sintomas, o que pode retardar o diagnóstico por anos enquanto o vírus causa danos ao fígado que se tornam mais difíceis de tratar.

O diagnóstico da hepatite B pode ser feito por meio de testes rápidos e exames de sangue. É fundamental buscar auxílio médico especializado, garantindo mais qualidade de vida e reduzindo as chances de complicações associadas.

Portanto, a cura da hepatite B é uma possibilidade para uma parte dos casos, mas quando a doença evolui para o tipo crônico a assistência médica é determinante no controle dos sintomas e evolução. Agende sua consulta aqui!

Fontes:

Ministério da Saúde;

Departamento de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.

 

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