Hepatite Medicamentosa: O que é e como evitar?

Imagem de um fígado com cápsulas de remédio em volta

Doença causada por reação de medicamentos pode trazer complicações sérias ao fígado se não tratada 

O fígado é um órgão de muita importância para o corpo. Ainda assim, está sujeito a adoecer. Quando suas células são acometidas de alguma forma, chamamos a condição de hepatite. A hepatite medicamentosa é uma inflamação aguda das células do fígado desencadeada pelo uso de alguns tipos de medicamentos.

Como os outros tipos de hepatite, é uma doença que precisa ser tratada antes que se agrave, porque suas complicações podem ser de difícil tratamento futuro.

Saiba mais a seguir!

O que é hepatite medicamentosa?

Alguns tipos de hepatite podem ser causados por vírus (hepatites A, B, C, D, E), por reação autoimune, alcoólica ou por reação medicamentosa. A hepatite medicamentosa se manifesta a partir do uso de remédios, seja pelo próprio princípio ativo, seja pela administração em quantidades e frequências inadequadas.

A maioria dos medicamentos que causam essa complicação foram utilizados de maneira equivocada, geralmente em excesso ou em interação com outros medicamentos, não sendo raro encontrar casos resultantes de automedicação. Também há casos em que a hipersensibilidade do fígado não suportou a ação da droga.

Além dos medicamentos comuns, suplementos vitamínicos, substâncias naturais e drogas ilícitas também podem ser potenciais causas de hepatite medicamentosa.

Quais os sintomas da hepatite medicamentosa?

Em muitos casos, a hepatite medicamentosa é uma doença assintomática, isto é, não apresenta nenhum sintoma. Isso dificulta o diagnóstico da doença, o que por sua vez também faz com que haja muitos casos subnotificados.

Mesmo assim, alguns casos de hepatite medicamentosa podem apresentar alguns sintomas que costumam surgir repentinamente, tais como:

  • Febre geralmente baixa;
  • Coceira pelo corpo;
  • Mal-estar;
  • Pele e parte clara dos olhos amareladas;
  • Sutil hepatomegalia (fígado aumentado);
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Fezes de cor clara e urina escura.

Complicações da hepatite medicamentosa

A hepatite medicamentosa, assim como os outros tipos de hepatites, pode resultar em complicações graves se não for devidamente tratada. A principal complicação é a insuficiência do fígado ou mesmo a perda da função hepática. Em casos mais graves, pode ser necessário transplante do fígado.

Tratamento da hepatite medicamentosa

Um diagnóstico precoce antes de qualquer gravidade aumenta as chances de um tratamento prático e eficaz. Ao se constatar a hepatite medicamentosa, deve-se encontrar o agente causador e suspender imediatamente o uso do mesmo.

A partir disso, caso a suspensão do agente causador não seja suficiente, podem ser prescritos corticoides por um período de aproximadamente dois meses. Além disso, o paciente deve aumentar o consumo de água e de alimentos naturais, diminuindo ou cessando o consumo de alimentos muito gordurosos e alcoólicos.

É recomendado ao paciente que, depois de um período estipulado pelo médico – geralmente entre 1 e 3 anos –, seja examinado para avaliar o fígado e sua função.

A hepatite medicamentosa é contagiosa?

Ao contrário de alguns tipos de hepatites virais, a hepatite medicamentosa não é contagiosa. Sua causa é exclusivamente através das substâncias consumidas pelo paciente que, de alguma forma, resultaram na inflamação das células do fígado.

Como evitar a hepatite medicamentosa?

O principal conselho a ser seguido quando se fala em evitar uma doença desencadeada por uso indevido ou tóxico de medicamentos é evitar a automedicação. Ou seja, a utilização de toda e qualquer substância deve ser devidamente prescrita e acompanhada por profissional.

Também é importante tomar cuidado e evitar sempre associações de medicamentos ou produtos que ofereçam associações sem a autorização médica necessária. Da mesma forma, não confiar em produtos que prometem milagres, tratamentos diferenciados ou qualquer coisa que não seja devidamente autorizado por um profissional.

É importante ressaltar o acompanhamento médico porque o mesmo garante que qualquer reação, seja a hepatite medicamentosa ou não, que venha a acontecer, seja devidamente tratada antes que haja complicações.

Fazer acompanhamento da saúde do fígado periodicamente também é importante para evitar, ou mesmo ter o diagnóstico precoce e de fácil tratamento. Para saber mais sobre a saúde do fígado e seus cuidados, entre em contato com a Dra. Mirella Monteiro!

Fontes:

Sociedade Brasileira de Hepatologia

 

 

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