A doença se dá quando, após repetidas agressões, o tecido do fígado fica repleto de cicatrizes, o que reduz ou elimina a eficiência do órgão
O tratamento para cirrose é bastante complexo na medicina, dado que a doença não tem cura. Ou seja, os danos causados por ela ao fígado (órgão atacado pela cirrose) não podem ser revertidos. Daí a necessidade, muitas vezes, que se faça um transplante de fígado.
Vamos entender melhor isto. A cirrose é resultado do acúmulo de lesões no fígado, as quais cicatrizam e deixam, na área do órgão onde ocorreram, um tecido fibroso que não é capaz, por exemplo, de desintoxicar o organismo (principal função do órgão).
Se estas áreas lesionadas passam a cobrir uma porção cada vez maior do fígado, chega um ponto no qual a glândula (o fígado é uma glândula – a maior de nosso corpo) entra em colapso, tornando-se inativa. E não há como o organismo sobreviver sem o trabalho que o fígado nele desempenha.
Dados estes fatos, pode-se compreender porque o tratamento para cirrose – e também a prevenção da cirrose – representa um campo de tanta importância dentro da medicina.
O que causa a cirrose?
Há uma série de fatores que podem trazer problemas ao fígado, resultando em uma cirrose. Alguns dependem do estilo de vida do indivíduo; outros, de fatores externos que podem se dar independentemente do comportamento da pessoa.
As principais razões pelas quais surge a cirrose são:
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas (talvez o maior causador, em grande parte do mundo, da cirrose hepática);
- Hepatites virais (sobretudo as do tipo B e C);
- Obesidade;
- Predisposição genética;
- Consumo descontrolado de medicamentos;
- Diabetes já instalada no organismo, a qual pode ser um gatilho para a cirrose;
- Idade (pessoas acima de 40 anos têm uma predisposição um pouco maior para a doença).
A cirrose e seus sintomas
Uma pessoa que sofre de cirrose, a depender da escala e do tipo da doença que está instalada no organismo dela, tende a apresentar sintomas fortes e claros de que padece deste mal – ou, em cerca de um terço dos casos, não apresentar sintoma algum.
Daí a importância de se visitar um médico regularmente e falar com ele a respeito, para que se possa iniciar um tratamento para cirrose imediatamente, se a mesma for constatada.
Nos casos sintomáticos da enfermidade, é frequente a icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amarelas) e a urina escura.
Também são comumente identificados nas pessoas com cirrose:
- Vermelhidão nas palmas das mãos (eritema palmar);
- Cansaço intenso e desgaste muscular;
- Endurecimento dos tendões, que passam a não mais encolher (condição chamada de contratura de Dupuytren);
- Surgimento, na pele, de vasos sanguíneos de formato anormal, distorcido;
- Crescimento das glândulas salivares nas bochechas.
O tratamento para cirrose: como se dá?
O tratamento para cirrose oscila segundo o grau no qual a doença se encontra, bem como de acordo com sua causa.
Em casos ainda leves, suspende-se imediatamente toda e qualquer consumo de bebida alcoólica, bem como de quaisquer remédios que não sejam imprescindíveis à saúde do paciente.
É relevante, ainda, que o indivíduo onde foi encontrada a doença passe a ter uma dieta saudável e bastante leve. É necessária ainda a ingestão de vitaminas, pois o fígado normalmente tem um papel importante na síntese e no armazenamento delas e, com cirrose, ele perde esta capacidade.
Porém, em casos mais graves, quando o fígado da pessoa já está quase completamente comprometido, o tratamento para cirrose mais eficiente (na verdade, o único possível, dado que a doença propriamente dita não tem cura) é o transplante de fígado.
Para mais informações a respeito, pode-se consultar com a Dra. Mirella Monteiro, hepatologista clínica formada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e que fez sua residência no interior de São Paulo, em Clínica Médica na Universidade de Taubaté. Ela estará pronta para prestar auxílio neste campo.
Fontes:
MSD;