Apesar de parecer preocupante, na maioria dos casos é benigno e não precisa de tratamento específico
O cisto no fígado tem formato arredondado e se apresenta como uma bolha cheia de líquido em seu interior. É uma lesão que geralmente não causa sintomas, a não ser que seja muito grande ou que haja algum tipo de rompimento. Isso faz com que a grande maioria dos casos seja diagnosticada tardiamente.
É mais comum em mulheres, mas também pode afetar homens. Na maioria dos casos, o cisto no fígado trata-se de uma lesão benigna que só precisa ser acompanhada periodicamente. Porém, às vezes pode se tornar maligno.
O que causa cisto no fígado?
Não se sabe exatamente qual é a causa específica de cisto no fígado. Existem casos em que um ou mais cistos estão presentes desde o nascimento, por conta de uma possível malformação dos dutos biliares, também de causa desconhecida. Os dutos transportam a bile, um líquido que ajuda na digestão.
Como a maioria dos cistos só são identificados na fase adulta, quando surgem sintomas ou simplesmente como um achado acidental, muitas vezes é difícil determinar quando e como eles se originaram.
Alguns casos de cisto no fígado podem ser resultados de infecção por equinococose, uma doença causada por larvas de tênia que pode resultar em cistos em diversos órgãos, inclusive o fígado. Também existe a doença hepática policística, uma condição hereditária.
Tipos de cisto no fígado
Existem três tipos diferentes de cisto no fígado: simples, hidático e neoplásico.
- Cisto simples: é o tipo mais comum. Em sua maioria, são assintomáticos e têm menos de 5 centímetros. Podem estar presentes desde o nascimento e não apresentar nenhuma complicação e, por isso, a maioria não precisa sequer de tratamento.
- Cisto hidático: são os cistos provocados por parasitas, como o equinococo, um parasita do grupo das tênias. Os cistos podem ter de 2 a 5 centímetros, e sintomas como dor abdominal e inchaço podem ocorrer.
- Cisto neoplásico: costumam ser múltiplos e ter grande tamanho, e podem ser benignos ou malignos, como cistoadenoma ou cistoadenocarcinoma. Também causam sintomas como dor de barriga e febre.
Principais sintomas de cisto no fígado
A maioria dos casos de cisto no fígado são simples e não costumam apresentar sintomas. Porém, cistos hidáticos e neoplásicos — e mesmo os simples, em algumas condições — podem ter sintomas como:
- Dor abdominal;
- Inchaço;
- Febre;
- Cansaço excessivo.
Cistos simples podem crescer e ficar muito grandes, a ponto de poderem ser sentidos por apalpação. Eles podem romper e sangrar, o que causa uma dor abdominal muito forte. Nesses casos, a hemorragia tende a se resolver sozinha, mas, de qualquer maneira, é importante procurar acompanhamento médico.
Como confirmar o diagnóstico?
O diagnóstico de cisto no fígado é feito, muitas vezes, por acaso, em exames de imagem (como a ultrassonografia), na intenção de investigar outras patologias; ou em exames físicos de apalpação, também com outras intenções.
Em casos — sintomáticos ou não — em que haja a desconfiança da existência de algum tipo de cisto no fígado, podem ser feitos exames de imagem para confirmar o diagnóstico e determinar o tratamento, caso seja necessário.
Como é feito o tratamento?
Cisto simples no fígado, que não cresce e não causa sintomas, geralmente não precisa de nenhum tipo de tratamento. Pode ser que o médico solicite algum tipo de acompanhamento periódico, mas, nesses casos, também são facilmente dispensáveis. A maioria das pessoas que têm esse tipo de cisto convive sem maiores complicações.
Cisto no fígado muito grande pode ser removido cirurgicamente ou drenado, dependendo da indicação do especialista. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia e a recuperação é rápida. Cistos neoplásicos devem ser tratados cirurgicamente, por causa do risco de se tornarem câncer.
Para evitar qualquer tipo de complicação, é importante se consultar com um médico hepatologista para saber como está a saúde do fígado, que é um dos mais importantes órgãos do corpo humano.
Para ter mais informações sobre essa e outras questões de Hepatologia, entre em contato.
Fontes:
